Prepare-se para uma montanha-russa assustadora de risadas… ou melhor, sustos, porque “A Hora do Pesadelo” chegou para fazer você duvidar do seu próprio sono. Este clássico do terror traz uma mistura perfeita de assassinos sinistros, adolescentes corajosos e uma dose generosa de ironia. Essa é a escrita deliciosa de Wes Craven. Um cara que, inclusive, ainda trarei vídeo aqui no canal.
Um mundo onde os sonhos se tornam pesadelos, e o sarcasmo está à espreita a cada esquina sombria.
Nancy, nossa heroína, é uma doce adolescente, terna e meiga, com um ar romântico e talvez uma leve dose de autismo que talvez seja sortilégio de sua intérprete, Heather Langenkamp, que prefere cair na porrada sozinha com um assassino sobrenatural de pijama do que te convencer de que o que está acontecendo é real. Quem dera a competência da menina de 15 anos inspirasse a competente polícia da cidade… E essa é uma das melhores coisas do filme, eu simplesmente amo as protagonistas de Wes Craven.
Nancy é a prova de que o sono é superestimado e que a cafeína deveria ser considerada a melhor amiga de qualquer pessoa em perigo.
E então, temos o grande vilão Freddy Krueger, o homem com uma luva de lâminas que assombra os sonhos das pobres almas desavisadas. Com seu senso de humor macabro e uma aparência que faria até o estilista mais ousado fugir em desespero, Freddy é a personificação da moda pesadelar. O vilão tem poderes realmente assustadores, ele te ataca quando está mais vulnerável.. no sono. Não há como se esconder dele. A entidade ainda consegue distorcer e reescrever a realidade, além de se mostrar invulnerável mutilando partes do próprio corpo, além de ser extremamente debochado e demonstrar ter muito senso de humor. Praticamente um primo distante do Deadpool.
Quanto aos outros adolescentes, temos o galanzinho namorado da protagonista virgem, que aqui é ninguém menos que um Johnny Depp em início de carreira, cujo talento foi reconhecido e escolhido a dedo… pela filha de Wes Craven, que ameaçou fugir de casa, caso o jovem ator não fosse contratado. Temos o casalzinho ouriçado com hormônios em fúria que quer transar desesperadamente, afinal, isso aqui é um filme slasher. O que lembra de avisar para não se apegar muitos aos personagens porque duas coisas são óbvias, uma que é que eles vão morrer e a outra é que você vai dar o like e compartilhar esse vídeo. Ha! Não estava esperando, né?
Pra encerrar o elenco temos os pais da Nancy, um policial cético que se já é incompetente com o natural, imagenem com o além… E uma mãe maluca que começa muito bem e demonstra ser uma mãe diferente dos pais descrentes dos filmes do genero, mas no meio do filme ela se arrepende e decide ser só mais uma mãe babaca, ironicamente quando é revelado que ela sabe mais do que demonstra sobre os acontecimentos.
O verdadeiro trunfo de “A Hora do Pesadelo” é sua capacidade de transformar o medo em risos nervosos. As cenas de terror são acompanhadas por diálogos sarcásticos e situações que nos fazem pensar se devemos gritar ou rir. É uma experiência única, uma montanha-russa emocional onde o susto e o humor dançam um tango macabro. Em resumo, “A Hora do Pesadelo” é uma pérola sarcástica do gênero terror. Com personagens corajosos que tomam decisões questionáveis e um vilão icônico com uma luva de lâminas, que entrou para a cultura pop da humanidade.
Eu simplesmente amei o primeiro filme, pelo potencial, conceito, os efeitos que mesmo datados e limitados pelo orçamento mínimo fez milagres e funcionam até hoje. Mortes gráficas maravilhosas, personagens carismáticos, um vilão sadicamente engraçado. O filme é fechado e funciona bem sozinho, ele não pede continuações, embora algumas coisas sejam inevitáveis. Esse filme é Wes Craven no auge de sua inspiração e escrita.
Se você está procurando um entretenimento que faça você rir e gritar ao mesmo tempo, este é o filme perfeito para você. Afinal, quem precisa de sono tranquilo quando podemos ter pesadelos hilariantes?